Governo prevê crescimento menor, mas espera arrecadação maior em 2018
Na última terça-feira (22), o Ministério do Planejamento anunciou que espera arrecadar R$ 7,6 bilhões acima do previsto anteriormente. Essa nova estimativa foi confirmada apesar de indicadores apontarem que a economia brasileira cresce em ritmo mais lento que o esperado.
O economista Silvio Campos Neto destaca os componentes responsáveis por atrasar a recuperação. “Quando a crise econômica vem combinado com a crise financeira, uma crise de balanço, de empresas, famílias e setor público, a recuperação tende a ser mais lenta. Temos que passar pelo processo de desalavancagem de redução das dívidas para retomar num ritmo melhor”, explicou Campos Neto.
No relatório, o próprio governo reduziu, de 2,97% para 2,5%, a previsão para o crescimento do PIB em 2018.
Em entrevista a Denise Campos de Toledo, o economista Everton Carneiro aponta o emprego como o principal vilão. “A variável que mais tem influenciado nessa recuperação muito lenta da economia é o emprego. Tivemos uma perda muito grande de postos de trabalho durante a recessão e isso se repondo lentamente. Além disso, temos tido uma recuperação muito mais com os empregos informais do que aqueles formais”, ressaltou Carneiro.
O governo também retirou do Orçamento a previsão de arrecadação extra de R$ 12,2 bilhões com a privatização da Eletrobras. Valor equivalente a esse já era mantido bloqueado no Orçamento justamente por conta do risco dessa receita não se concretizar.
*Com informações de Denise Campos de Toledo
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