Governo propõe privatização da Eletrobras e fim do monopólio da Casa da Moeda

  • Por Jovem Pan
  • 06/11/2019 06h32 - Atualizado em 06/11/2019 09h17
Agência Brasil prédio da eletrobras Segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a medida não vai significar risco para o sistema elétrico brasileiro

Ao comemorar nesta terça-feira (5) os 300 dias Governo, o presidente Jair Bolsonaro assinou uma série de medidas. A principal delas é uma MP que acaba com o monopólio da Casa da Moeda – atualmente responsável pela impressão de papel moeda, selos da receita federal para bebidas e cigarros e também dos passaportes.

Segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, a expectativa inclusive é de que com o aumento da concorrência, ocorra uma redução dos custos, que pode chegar à população que poderá no futuro pagar mais barato pelo passaporte. Ele não descarta a possibilidade da Casa da Moeda, inclusive, ser privatizada.

O presidente Jair Bolsonaro assinou também um Projeto de Lei que prevê a desestatização da Eletrobras. Segundo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o Governo não está querendo simplesmente abrir mão da empresa – ele está propondo a venda das ações por conta da atual dificuldade orçamentária

O ministro disse que isso não vai significar risco para o sistema elétrico brasileiro, uma vez que já existem regras que protegem o setor. Em meio às novidades, o Palácio do Planalto divulgou também uma extensa lista de realizações desses 300 dias de Governo.

Algumas ainda são apenas propostas, como o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro – que está no Congresso mas ainda não foi aprovada – e a ideia de implantar, de forma gradativa, no país o chamado Enem Digital. O Balanço fala também em reformulação educacional, combate ao crime, à corrupção e a retomada do investimento.

O Governo comemora a geração de 760 mil empregos formais, mas deixou para o final da semana o anúncio das medidas que pretendem incentivar a contratação de jovens. O presidente Jair Bolsonaro aproveitou o Balanço para minimizar problemas entre os ministros que apareceram durante esses 300 dias.

Bem humorado, Bolsonaro ainda lembrou que quando ele era parlamentar se envolveu em polêmicas e ressaltou que espera que o filho não siga o mesmo o mesmo caminho. Na semana passada, o deputado Eduardo Bolsonaro causou polêmica e foi desautorizado pelo pai ao defender a possibilidade de um novo AI-5 no país.

Ao comentar os problemas recentes de protestos violentos no Chile, o presidente ressaltou a necessidade do Governo se antecipar aos problemas. O presidente ainda voltou a garantir que não teve nenhuma participação no assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco.

Alfinetando os antigos governos petistas, o presidente Bolsonaro ainda ressaltou que apesar de ser alvo de várias críticas e ser acusado de autoritarismo, nunca defendeu o controle social da mídia – e nem que a internet deve ser domada.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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