Governo retoma articulações para organizar base aliada no Congresso e votar reformas
O Governo vai ter muito trabalho para reorganizar a base governista no Congresso e votar as reformas constitucionais. Até os líderes governistas estão pessimistas, e as divergências são fortes demais com relação ao conteúdo da reforma e até sobre o momento de votar o projeto, que já passou pela fase de comissão e está pronto para o plenário da Câmara.
A aprovação de mudanças na Previdência é a prioridade para a equipe econômica, que prevê no orçamento para 2018 um déficit no setor superior a R$ 200 bilhões. Isso significa que a Previdência brasileira irá recolher menos os R$ 200 bilhões do que pagará em benefícios.
Quanto ao momento da votação, os líderes estão avaliando. A conclusão é de que o projeto só deve ir ao plenário da Câmara com a certeza de votos para garantir a vitória: 308 a favor.
A proposta que cresce é a possibilidade de votar mudanças no projeto, com a Previdência equilibrada, sem vantagens exageradas, concedidas a aposentadorias do serviço público, políticos e cargos especiais, e uma idade mínima de aposentadoria compatível, mas que só valeria para os que entrarem no mercado de trabalho a partir da promulgação da emenda. Seria um desastre para as contas atuais e, neste caso, poderia ser aprovada uma regulamentação transitória difícil de ser encontrada.
Segundo o secretário da Previdência, a transição sempre será defendida por uns e atacada por outras.
*Informações do repórter José Maria Trindade
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