Governo venezuelano responde ameaças da Casa Branca e chama EUA de império xenófobo e racista
Chanceler da Venezuela promete manter a realização da Assembleia Constituinte e afirma que vai rever profundamente as relações do país com os Estados Unidos.
Em um comunicado lido nesta terça-feira (18), Samuel Moncada encheu a resposta de adjetivos ofensivos ao governo americano.
Na última segunda-feira, a Casa Branca pediu eleições livres e justas no país e disse que os Estados Unidos não ficarão parados enquanto a Venezuela se esfacela.
Em uma declaração televisionada, o chanceler Samuel Moncada atacou o governo de Donald Trump.
“O povo venezuelano responderá unido a uma insolente ameaça de um império xenófobo e racista”, disse Moncada. O chanceler encerrou o comunicado com uma frase de Simón Bolívar: “Os Estados Unidos parecem destinados pela providência a assolar a América de miséria em nome da liberdade”.
O governo da Bolívia, que apoia o regime chavista, endossou a resposta de Moncada.
O presidente Evo Morales declarou que a ameaça americana de aplicar sanções é uma conspiração econômica de Trump para intervir e dominar o povo da Venezuela com o objetivo de se apropriar do petróleo.
De acordo com a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, todas as opções estão sobre a mesa.
Katherine Cano afirmou que as sanções poderiam ser contra pessoas específicas ou contra o governo, mas nunca contra o povo da Venezuela.
Sob anonimato, alguns funcionários do governo Trump estão falando que uma das possibilidades é suspender as importações do petróleo venezuelano aos Estados Unidos, uma medida que atingiria com força o setor mais próspero da economia do país sul-americano.
*Informações do repórter Victor LaRegina
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