Greve de caminhoneiros que paralisou o Brasil completa um ano
Por quase 10 dias a categoria imobilizou o país causando sérios danos à economia
Um ano se passou de uma das piores crises do Governo Michel Temer: a greve dos caminhoneiros.
Por quase 10 dias a categoria imobilizou o país causando sérios danos à economia. Bloqueios de rodovias em 24 Estados e no Distrito Federal geraram a indisponibilidade de alimentos e remédios por todo Brasil.
A escassez provocou alta de preços dos combustíveis, com longas filas para abastecer. O frentista Claudemir de Santana se recorda da espera homérica dos clientes na corrida para encher o tanque.
Na pauta de reivindicações dos caminhoneiros estava a redução no preço do diesel. Mas os estragos não pararam por aí. Aulas chegaram a ser suspensas, a frota de ônibus foi reduzida, voos foram cancelados em várias localidades e alimentos foram desperdiçados.
Algumas unidades da federação chegaram a decretar estado de emergência. As Forças Armadas desobstruíram estradas e escoltaram caminhões em refinarias.
Agora, a população espera não sentir na pele algo parecido novamente.
O presidente do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia, disse que o mercado sofre reflexos até hoje da paralisação de maio do ano passado.
O taxista Anísio Veceslau usa GNV e o impacto foi menor, mas ele recordou que seu irmão, que também trabalha na praça, chegou a pagar mais de R$ 5 pelo litro do etanol no auge da paralisação.
Os caminhoneiros tiveram, à época, um acordo, entre diversos pontos: a redução do preço do diesel em R$ 0,46 por litro na bomba por 60 dias e que novos reajustes seriam mensais. Outra conquista foi a tabela para os fretes. Agora fica a esperança ao brasileiro para que este filme não se repita.
*Informações do repórter Daniel Lian
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