Greve dos caminhoneiros chega ao 7º dia e gera transtornos pelo Brasil
O 7º dia consecutivo da greve dos caminhoneiros alterou a rotina de diversos setores da sociedade. No Rio de Janeiro, encontrar um ônibus no domingo se tornou uma tarefa árdua. O carioca que tentou aproveitar o fim de semana com seu veículo particular também enfrentou dificuldades. Gerentes de postos de gasolina não sabiam informar quando aconteceria o reabastecimento.
A situação no interior de São Paulo também ficou complicada neste fim de semana. O atleta amador Marcos Rocha, morador da cidade de Brotas, descreve o cenário das rodovias paulistas. “Dos caminhões de carga havia apenas um caminhão de oxigênio e nada mais. Com exceção dos caminhos canavieiros, nenhum caminhão de carga”, disse.
A Santa Casa de Sorocaba chegou a fechar às portas no último sábado mas, após receber uma carga de oxigênio, retomou os atendimentos no domingo.
O quadro na capital paulista não foi diferente. Pascoal Marracini, porta-voz do Instituto do Câncer Doutor Arnaldo, disse que o estoque de medicamentos da entidade estão quase no fim. “Até a próxima quarta-feira nossas cirurgias, que são em média de 12 a 15 por dia, estão garantidas. Outra problema que nos afeta são os medicamentos quimioterápicos. Temos estoques para uma semana, mas se não normalizar até a próxima semana os pacientes já terão problemas nas aplicações”, revelou.
De acordo com Marracini, o Instituto recebeu uma carga de oxigênio na última quinta-feira e por isso não há preocupação nesse sentido. A unidade atende, em média, 700 pacientes por dia.
O paulistano que foi ao supermercado neste fim de semana, provavelmente, não encontrou tudo o que procurava. Os principais alimentos que estão em falta são verduras, legumes e tubérculos.
*Com informações do repórter Vinicius Custódio
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