Greve dos caminhoneiros e mercado financeiro fizeram governo derrubar previsão do PIB

  • Por Jovem Pan
  • 21/07/2018 09h34
Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas Já a previsão de inflação subiu de 3,4% para 4,2%. O valor continua perto do centro da meta fixada pelo Conselho Monetário.

A economia brasileira pode fechar o ano com números piores do que o projetado pelo governo. Em dados divulgados ontem pelo Ministério do Planejamento, a previsão de crescimento do PIB, o Produto Interno Bruto, caiu de 2,5% para 1,6% (veja mais dados aqui).

Esta é a segunda queda seguida na expectativa de crescimento: na primeira divulgada este ano, o governo esperava uma alta de 2,97%. A projeção continua acima da do mercado, que prevê 1,5% por cento.

Os dados refletem outros índices negativos, como Índice de Atividade Econômica do Banco Central, que mostra uma queda no PIB de 3,3% de abril para maio.

Segundo o Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Fábio Kanczuc, do 0,9% na queda da previsão, 0,2% se explica pela greve dos caminhoneiros. Os outros 0,7%, por influência do mercado financeiro.

“Um choque de demanda que é causado pelo aperto das condições financeiras. Juros de longo prazo, de cinco anos, subiram, bolsa de valores, teve um efeito de todos os ativos financeiros de médio e longo prazo, explicando esses 0,7 adicionais à greve dos caminhoneiros”, afirmou Kanczuc.

Já a previsão de inflação subiu de 3,4% para 4,2%. O valor continua perto do centro da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5%, podendo variar entre 3% e 6%.

Também aumentou a projeção para a taxa de câmbio: ao invés de três reais e quarenta centavos, a cotação média do dólar no ano deve ser de três reais e sessenta centavos.

As informações são do repórter Jovem Pan Levy Guimarães ao Jornal da Manhã

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