Grupo destrói obra de Picasso para vender em leilão como NFT
Performance aconteceu no dia 15 de julho, mas só agora houve repercussão internacional; ideia é transformar gravura em criptografia
A gravura Fumeur V faz parte de uma coleção de 50 cópias autografadas pelo pintor espanhol Pablo Picasso. Os jovens fizeram um ritual ao ar livre para gravar em vídeo a destruição do quadro. A pintura foi comprada em abril deste ano num leilão da casa Christie’s, por US$ 20 mil — cerca de R$ 105 mil. O quadro foi desmontado e destruído com uma espécie de lança-chamas acoplado a um botijão de gás. A “performance” aconteceu no dia 15, mas só agora houve repercussão internacional. O projeto “The Burned Picasso” foi anunciado em junho.
Os artistas tentam explicar o projeto e dizem que a ideia é transformar a gravura feita em 1964 em um token não-fungível (NFT) em blockchain — uma criptografia que autentica a originalidade de um arquivo único no mundo digital. “O Picasso queimado vive para sempre no blockchain”, afirma o grupo, na página do projeto. A ideia original era fazer apenas um token do desenho antes de ser queimado. Como o desenho permaneceu nos restos do papel, o coletivo fez dois arquivos e o comprador receberá também uma moldura com os restos da obra. Um dos arquivos já está a venda num site de leilões e tem lance inicial de US$ 450.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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