Guaidó critica Maduro após anúncio de investimentos em projetos de tecnologia da Huawei

O líder da oposição provocou o ditador e disse que ele está fora da realidade

  • Por Jovem Pan
  • 25/05/2019 08h20
EFE De acordo com o presidente Nicolás Maduro, os investimentos em tecnologias chinesas e russas visam estabelecer a conexão 4G em todo o território venezuelano

O autoproclamado presidente interino da Venezuela acusou Nicolás Maduro de estar em desconexão com a gravidade da crise no país. A crítica de Juan Guaidó foi feita horas depois que Maduro anunciou reforço de investimentos em projetos de tecnologia da Huawei, empresa chinesa que sofreu sanções norte-americanas.

O líder da oposição ainda provocou o ditador e disse que ele está fora da realidade: “alguém precisava rever os discursos desse homem, ou encontrar um psiquiatra melhor do que aquele que ele já tem porque a absoluta desconexão com a realidade é evidente”.

De acordo com o presidente Nicolás Maduro, os investimentos em tecnologias chinesas e russas visam estabelecer a conexão 4G em todo o território venezuelano.

O país sofre com uma crise política e econômica, em um cenário no qual a inflação chegará a 10 milhões por cento esse ano, de acordo com o Fundo Monetário Internacional. Atualmente na Venezuela, um ovo custa o mesmo que 93 milhões de litros de gasolina.

Segundo o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Maduro está cada vez mais isolado e sem apoio. Ele disse ainda que a queda do chavista é apenas uma questão de tempo: “nós vemos a Venezuela chegando cada vez mais perto de recuperar a democracia. Nós acreditamos que esse processo que está em curso desde janeiro, quando Juan Guaidó se declarou presidente interino, é irreversível. Nós mantemos nosso suporte internacional para a transição democrática”.

Para se somar à crise humanitária naquele país, uma rebelião em um presídio deixou 23 mortos nesta sexta-feira (24). O levante ocorreu no Comando-Geral da Polícia do município de Páez, no estado de Portuguesa.

De acordo com a ONG Observatório Venezuela de Prisões, agentes do Ministério de Serviços Penitenciários executaram 23 detentos após a rebelião. Outras 22 pessoas ficaram feridas, incluindo 14 agentes penitenciários.

*Informações da repórter Nanny Cox

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