Guaidó relata sofrer intimidação do regime de Nicolás Maduro
O autodeclarado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, disse nesta quinta-feira (31) que o regime de Nicolás Maduro está tentando intimidá-lo. Segundo Guaidó, agentes das forças especiais de segurança, ligados a Maduro, estavam perto da residência dele para amedrontar a família.
Em discurso na principal universidade do país, em Caracas, o líder oposicionista responsabilizou o regime chavista por “qualquer coisa que possa acontecer” com a filha dele, que tem menos de dois anos.
Guaidó disse que as Forças Armadas venezuelanas, que são leais a Maduro, ainda têm tempo de “respeitar a Constituição” e de ficar do “lado correto da história”. Na fala a apoiadores, o autoproclamado presidente apresentou as ações que pretende tomar para que o país saia da crise econômica e social.
Um dos pontos que chamou a atenção é que, segundo ele, as medidas serão financiadas pela “assistência em massa de organismos internacionais financeiros multilaterais e países interessados na restauração da democracia”.
Em apoio ao regime chavista, centenas de pessoas voltaram as ruas de Caracas e fizeram uma passeata. Eles protestavam contra o que classificam como “intervencionismo dos Estados Unidos” no governo venezuelano e na estatal de petróleo do país, a PDVSA.
O governo dos Estados Unidos, que reconhece Guaidó como presidente interino do país sul-americano, já declarou que haverá “sérias consequências” se Nicolás Maduro adotar medidas contra o opositor.
No Brasil, o vice-presidente, General Hamilton Mourão, disse que pode adotar “pequenas sanções” contra a Venezuela. Mourão disse acreditar que o impasse na Venezuela está próximo do fim, porque as pressões são cada vez maiores contra o regime de Nicolás Maduro.
*Informações do repórter Afonso Marangoni
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