Há pessoas falando que esta seria uma prévia de um terremoto ainda pior, diz brasileira no México
Os trabalhos de resgate após o terremoto mais mortífero no México em três décadas continuam nesta quarta-feira (20) e o número de mortes confirmadas até o momento foi revisado pela Agência de Defesa Civil para 217 durante esta madrugada. O tremor foi de magnitude 7,1 e ocorreu no 32º aniversário de um sismo que, em 1985, deixou milhares de mortos na capital.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, a gerente administrativa Tais Antezana Pacheco, que mora há três anos na Cidade do México, contou que ainda há um clima de insegurança na região e que há pessoas falando que esta seria uma prévia de um terremoto ainda pior: “a gente não sabe o que esperar”.
O prédio em que Tais e seu noivo moram começou a tremer, e ela, que estava em home office, se desesperou e pegou seu laptop e desceu correndo as escadas de emergência. “Mas eu deveria ter subido, porque essa é a orientação. Já estavam caindo pedaços da parede. Eu desci sem o celular na hora do terremoto, esperei meia hora e fui com a minha vizinha, de mãos dadas. Subimos correndo para pegar o celular”, contou.
Tais afirmou ainda não saber por quanto tempo durou o terremoto, mas que, para ela, foi muito: “poderia dizer que durou dois minutos, mas não vi quanto foi realmente. Foi muito violento, porque quando começou a tremer estavam caindo pedaços de parede e teto. Foi muito forte. Deu a impressão de que ia cair escombros e não íamos mais conseguir descer as escadas”.
A gerente administrativa, que faz pós-graduação no México, afirmou ainda que não conseguiu dormir nessa noite e que qualquer barulho ela acreditava se tratar de um novo tremor. “Eu e meu noivo considerávamos sair do país, mas o aeroporto está fechado. Por enquanto, os trabalhos e escolas estão suspenso. Meu noivo e eu vamos sair para ajudar. A situação é grave, ainda tem muita gente debaixo dos escombros”.
Confira a entrevista completa:
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