‘Há sempre esperança de ter sobreviventes’, diz secretário do RJ sobre Petrópolis

Ações no município tem como foco a desobstrução das vias públicas e a continuidade das buscas; ao todo, 218 pessoas estão desaparecidos

  • Por Jovem Pan
  • 19/02/2022 09h07 - Atualizado em 19/02/2022 11h57
JORGE HELY/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO Tragédia Petrópolis Ao todo, mais de 15 toneladas de entulho já foram retiradas e 150 veículos içados

O secretário de Infraestrutura e Obras do Rio de Janeiro, Max Lemos, afirmou que as equipes do Estado que atuam em Petrópolis, região serrana do Estado, continuam com a esperança de encontrar sobreviventes. O município sofre com as consequências das fortes chuvas da última terça-feira, 15, quando o volume de precipitação em seis horas foi superior ao esperado para todo o mês de fevereiro. Para este sábado, o foco é a desobstrução das vias públicas e manter as ações de buscas. “O momento que estamos vivendo ainda é de desobstrução de vias, retirada de muitos lixos, moveis das ruas. É um trabalho de muita limpeza e, claro, continuando as buscas,  porque há sempre espeça de ter sobrevivendo. Não podemos descartar isso, o trabalho continua”, afirmou ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News

Segundo Max Lemos, novos equipamentos, como caminhões, carretas e retroescavadeiras, chegaram à cidade para ajudar na recuperação. Ao todo, mais de 15 toneladas de entulho já foram retiradas e 150 veículos içados. “Prioridade é limpar a cidade, ajudar a Prefeitura a fazer esse trabalho de desobstrução das vias e entrar com obras emergências”, afirmou. A longo prazo, o secretário defende a necessidade de planejamentos e estudos sobre as encostas. “Tivemos mais de 200mm [de chuvas] em um curto espaço de tempo, chuva absurda, tanto que a última correu há mais de 90 anos. Claro que muitas cosias precisam ser feitas e podem minimizar o que aconteceu em Petrópolis, você tem que ter obras de médio e longo prazo”, reforçou.

Ainda a respeito as áreas de risco, o secretário falou sobre a necessidade de programas habitacionais que atendam aos atingidos. “Existe a tradição da pessoa não querer sair do local onde vive e Petrópolis tem um agravante: não tem terrenos disponíveis. Uma ideia é pagar uma dívida social ainda da catástrofe de 2011. Tem 350 unidades habitacionais que ainda não foram entregues”, completou.

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