‘Há um esforço grande em calar as redes sociais’, diz Ricardo Barros sobre regulação da mídia
Líder do governo na Câmara dos Deputados também afirmou estranhar desejo de Lula em regulamentar a mídia, já que ‘os jornalistas são de ideologia de esquerda, em sua maioria’
Um dia após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter novamente defendido a regulamentação da mídia, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), falou sobre o tema, dizendo estranhar a posição do petista. “De um modo geral, os jornalistas são de ideologia de esquerda, em sua maioria. A maioria foi forjada em universidades públicas com forte doutrinação à esquerda. A mídia dominante é pró-esquerda e tem batido muito no governo Bolsonaro, sempre criticando qualquer coisa. Tivemos essa semana notícia de recorde de empregos e 1% de PIB e o noticiário não faz nenhuma modificação, continua crítico permanente ao governo”, diz Barros. Para o parlamentar, Lula se contradiz ao defender regulação da mídia. “Os formadores de opinião hoje, na maioria são de esquerda. Quando ele fala em regular a mídia, nosso ex-presidente não tem muito sentido. A mídia que sustenta o bolsonarismo é a rede social, por isso o empenho tão grande do TSE e do ministro Alexandre de Moraes em impor a todos medo de publicar qualquer coisa, porque, se for considerado fake news, o candidato via ser cassado”, disse Barros.
“Está claro que há um esforço muito grande dos adversários do presidente em calar as redes sociais, que são o espaço onde ele consegue divulgar as suas ideias e engajar sua campanha”, continuou o líder do governo. Barros também diz não ver possibilidade de um golpe eleitoral. Para ele, os brasileiros terão clareza na eleição. “Nós temos visto pesquisas muito dispares. E eu tenho perguntado ao ministro Alexandre de Moraes se pesquisa errada não é fake news. Então o que é fake news? Se o candidato pode divulgar uma pesquisa cujo o resultado não bate com o da urna, isso é uma fake news legítima. Nunca houve punição a qualquer um que divulgasse uma pesquisa que não confere na abertura das urnas.
*Com informações do repórter Daniel Lian
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