Como atuam e o que pode ocorrer com os hackers que invadem celulares
O volume de ações de hackers contra autoridades tem aumentado cada vez mais nos últimos meses. O mais recente caso ocorreu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que teve o celular invadido e clonado.
O primeiro caso foi o do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que sofreu uma tentativa de invasão, mas alegou que não houve captação de conteúdo. No último fim de semana, a líder do Governo no Congresso, deputada federal Joice Hasselmann, do PSL, também alegou ter sido hackeada.
Procuradores da operação Lava Jato também reclamaram da ação de criminosos.
O presidente da Digital Law Academy e especialista em direito digital, Coriolano Camargo, explica de que forma as autoridades estão expostas a invasores:
“Ainda na operadora você pode fazer um novo chip, com a ajuda de uma pessoa de dentro da própria empresa. Você usa o autenticador de dois fatores do WhatsApp e o criminoso recebe o SMS como se fosse a pessoa.”
Coriolano Camargo destaca ainda o uso de software espião, que pode ser lançado remotamente por vírus ou captado por meio da rede mundial de computadores.
O advogado e professor de Direito Digital no MBA da FGV, Luiz Augusto D’Urso, explica o que pode ocorrer com quem estiver envolvido nas invasões de celulares:
“Ele responde pelo crime do 154A do código penal, que é invasão de dispositivo informático a pena para o crime é de 3 meses a um anos de detenção. caso o hacker tenha acesso a conversas privadas, ele estará sujeito a uma pena mais severa, de seis meses a dois anos de reclusão.”
Luiz Augusto D’Urso ressalta ainda que o invasor pode ter a pena aumentada se divulgar ou comercializar o conteúdo de conversas.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública já informou que a Polícia Federal investigará a invasão do celular do ministro da Economia, Paulo Guedes.
*Com informações do repórter Matheus Meirelles.
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