Hacker Walter Delgatti pode depor como testemunha de Carla Zambelli

Caso remonta a janeiro de 2023, quando ele invadiu o sistema do CNJ e inseriu um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, assinado pelo próprio magistrado

  • Por Jovem Pan
  • 08/08/2025 12h46
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Marcos Oliveira/Agência Senado Hacker Walter Delgatti Neto, em pronunciamento na CPMI do 8 de Janeiro Polícia Federal encontrou evidências no celular de Zambelli que a ligavam diretamente à ação,

O hacker Walter Delgatti, conhecido como o “hacker de Araraquara”, pode desempenhar um papel crucial no processo de cassação da deputada Carla Zambelli. Delgatti, que atualmente cumpre uma sentença de 8 anos e 3 meses na Penitenciária 2 de Tremembé, em São Paulo, por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foi convocado para depor como testemunha. O depoimento está agendado para ocorrer por videoconferência no dia 27 de agosto. A defesa de Zambelli solicitou o depoimento de Delgatti, mas os motivos por trás dessa decisão ainda não foram totalmente esclarecidos.

O caso remonta a janeiro de 2023, quando Delgatti invadiu o sistema do CNJ e inseriu um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, assinado pelo próprio magistrado. Este documento falso rapidamente se espalhou em grupos na internet de direita, especialmente após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. A Polícia Federal encontrou evidências no celular de Zambelli que a ligavam diretamente à ação, já que um dos documentos falsos foi acessado em seu dispositivo apenas 22 segundos após sua inserção no sistema. Além disso, Zambelli já havia se encontrado com Delgatti antes da invasão, o que a Polícia Federal interpretou como parte de um plano para comprometer o CNJ. Como resultado, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Delgatti a 8 anos e 3 meses de prisão e Zambelli a 10 anos, além da perda de seu mandato.

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Atualmente, Carla Zambelli está detida na Itália, nos arredores de Roma, enquanto o Brasil aguarda sua extradição. No entanto, ainda não há um prazo definido para a decisão do governo italiano. Durante esse período, Zambelli permanece formalmente licenciada de seu mandato, aguardando o julgamento da Comissão de Constituição e Justiça.

Com informações de Aline Becketty

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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