Idosa de São Paulo fica três meses sem receber insumo de alto custo distribuído pelo SUS
Neide Julia, de 79 anos, tem Alzheimer em estado avançado e por esse motivo só se alimenta com suplemento via sonda
A reportagem da Jovem Pan News averiguou, a partir de uma denúncia de um telespectador, que a falta de medicamentos essenciais na rede pública tem levado pacientes e famílias ao desespero. A moradora da zona leste de São Paulo, Neide Julia, de 79 anos, tem Alzheimer em estado avançado e por esse motivo só se alimenta com suplemento via sonda. O alimento considerado de alto custo não é entregue à paciente na sua região desde janeiro. Devido a esta falta, a família precisa se deslocar até o outro lado da cidade, no Jaguaré, na zona oeste, para retirar o suplemento. Onde mora o medicamento custa em média R$ 21 e ela consome um por dia. No final do mês, são mais de R$ 600. De acordo com os familiares, como não recebem o medicamento há quase três meses na região, o custo já chegou a quase R$ 2 mil para conseguir o alimento. A reportagem foi até a AME Maria Zélia, no bairro do Belenzinho, local de distribuição dos medicamentos de alto custo, onde foram encontradas filas e muitos usuários reclamando da falta de medicamentos.
A equipe de produção tentou por várias vezes contato com o número indicado pelo SUS para saber se a unidade tinha o suplemento, mas não obteve resposta. Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SME) se posicionou sobre o assunto: “A SME informa que a paciente receberá em sua residência, até o final desta semana, o insumo para duração de 30 dias e que está em andamento uma nova compra em caráter de urgência com previsão de conclusão em 3o de abril”. O órgão reitera que a empresa fornecedora da dieta para a complementação recusou a renovação contratual fora do tempo hábil, o que ocasionou no atraso para o processo de compra.
*Com informações do repórter Luiz Guerra
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.