Imprensa europeia despende atenção diária ao segundo turno presidencial no Brasil
As características bastante exóticas da eleição presidencial brasileira em 2018 despertaram o interesse da mídia internacional.
Depois de uma cobertura esquálida no primeiro turno, agora os jornais mundo afora despendem atenção diária ao nosso pleito.
Nesta quinta-feira (11), por exemplo, o site do Le Monde, na França, chegou a ter como manchete principal o seguinte: No Brasil, o esperado triunfo de Bolsonaro desencadeia violência homofóbica.
O jornal parisiense fala sobre as angústias da comunidade LGBT com a disseminação de intolerância em um dos países que já figura entre os mais violentos do mundo para esta minoria.
Na Inglaterra, o The Guardian pergunta: o Brasil será a nova Venezuela? A tática do medo usada por Bolsonaro ganha força, escreve o diário londrino.
A reportagem, que traz declarações de especialistas em América Latina nos Estados Unidos, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do ex-chanceler Celso Amorim, relata que embora a conclusão seja um evidente exagero, ela está sendo papagueada ad nauseum na campanha eleitoral pelo adversário de Fernando Haddad.
O Guardian lembra, no entanto, que o PT também não ajudou muito a combater as comparações. Principalmente quando figuras como Gleise Hoffmann declararam apoio ao catastrófico líder venezuelano Nicolás Maduro.
Ainda na Inglaterra, o Financial Times destaca as investigações contra Paulo Guedes, o conselheiro econômico de Bolsonaro.
Guedes está sendo investigado por supostas fraudes em negócios com fundos de pensão ligados a estatais e isso, segundo o FT, é um golpe para a campanha que promete combater a corrupção.
O jornal também destaca a reação negativa no mercado financeiro ontem aos comentários de Bolsonaro sobre a privatização da Eletrobras e a reforma da previdência.
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