Imprensa internacional repercute vazamento de mensagens de Moro

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 11/06/2019 09h57 - Atualizado em 11/06/2019 10h30
Aloisio Mauricio/Estadão Conteúdo Atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro teve trocas de mensagens vazadas no último domingo (9)

O escândalo envolvendo integrantes da Operação Lava Jato ganhou as páginas da imprensa internacional nas últimas horas em mais um golpe na já bastante combalida imagem do Brasil no exterior.

Diversas publicações comentam as revelações feitas pelo site The Intercept sobre as trocas de mensagens entre o então juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol.

A BBC destaca as declarações de Moro negando que algo fora do normal tenha acontecido. Ressalta que o ministro da Justiça quer saber qual a fonte dos vazamentos feitos para o Intercept.

Também aqui na Inglaterra o Financial Times ressalta que as revelações feitas pelo grupo de mídia com orientação de esquerda provavelmente vão aprofundar a polarização da política brasileira apenas alguns meses depois de uma eleição presidencial contenciosa.

Os defensores do ex-presidente, segue o FT, acreditam que sua prisão e condenação foram motivados politicamente para impedi-lo de concorrer à presidência no ano passado.

Ainda em Londres, o The Guardian, jornal para o qual Glenn Greenwald trabalhou e onde publicou a série de reportagens sobre vigilância em massa que lhe rendeu um prêmio Pulitzer, escreve o seguinte:

O Brasil foi abalado por alegações de que o juiz da Lava Jato colaborou repetidamente com promotores durante investigações de corrupção de alto nível – incluindo o controverso caso que prendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na França, o Le Monde também relata o escândalo e ressalta que o pedido de Lula para anular sua condenação entra na pauta desta terça em uma das turmas do STF.

Por fim, na Espanha, o El País fala sobre como o assunto dominou o noticiário brasileiro nas últimas horas. Enquanto isso, segue a publicação de Madri, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, optou pela cautela. Um fã do Twitter, Bolsonaro manteve silêncio nas primeiras 24 horas após a publicação dos relatórios que implicam seu ministro da Justiça. Só se manifestou através de seu porta-voz, o Secretário de Comunicação e os membros da ala militar de seu governo que disseram ter plena confiança no ministro Moro.

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