Às vésperas das eleições, incerteza política deixa bolivianos céticos sobre futuro
Em outubro do ano passado,manifestantes foram às ruas da Bolívia para impedir que o então presidente Evo Morales se perpetuasse no poder. Hoje, alguns deles seguem insatisfeitos. Reunidos em La Paz, protestam também contra a oposição, incapaz de formar uma frente contra os aliados do ex-presidente, hoje exilado na Bolívia e sob ameaça de prisão.
O ativista Pablo Alba acampa há semanas na porta da residência do embaixador mexicano. “Todo mundo busca poder, todo mundo busca só o interesse pessoal. Não pensam no povo. A única coisa que eles querem é governar e mandar no povo boliviano.”
Alba e os colegas se revezam dia e noite para impedir a saída de ex-funcionários de Morales exilados no prédio. Diante do cenário de incertezas, o temor é pela vitória do partido do ex-presidente nas eleições de maio. Entre os possíveis candidatos aparecem o representante de Evo, Luis Arce, ex-ministro da Economia, a presidente de transição Jeanine Añez e o ex-presidente de centro Carlos Mesa.
De acordo com o cientista político boliviano Carlos Cordero, a expectativa é pelo voto útil contra uma possível volta de Evo ao poder: “A unidade em líderes políticos e partidos não tem sido fácil nem possível, porque existe uma diversidade de interesses. ela se converte na oferta eleitoral. a unidade deve acontecer através do voto porque os cidadãos vão acabar se concentrando em poucos candidatos”.
Para Carlos Cordero, o movimento liderado por Evo Morales vai continuar como um mais importantes da Bolívia, mas uma vitória nas urnas em maio é incerta.
* Com informações de Renan Porto.
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