Índia investiga origem de protestos que matou 13 e feriu centenas
Pelo menos 13 pessoas morreram e outras 150 ficaram feridas em protestos nesta terça-feira (25) na cidade de Nova Delhi, na Índia. As manifestações levaram às ruas partidários e críticos da nova lei de cidadania, aprovada em dezembro do ano passado.
A legislação concede nacionalidade indiana a minorias religiosas que sofrem perseguição em países vizinhos. Nesses casos é preciso que os requerentes estejam em solo indiano há mais de cinco anos. No entanto, a lei exclui os muçulmanos do benefício.
Os protestos coincidiram com a visita de dois dias do presidente Donald Trump à Índia. Em Mumbai, foram realizados atos contra a presença do líder norte-americano, que foi chamado de imperialista pelos manifestantes. Trump, por sua vez, se recusou a opinar sobre a alteração na lei indiana.
Desde o fim do ano passado ocorrem manifestações contra a mudança. Mas, até então, eram quase sempre pacíficas. Para os críticos, a alteração na lei vai contra a Constituição — que trata todos como iguais independentemente da religião ou crença.
Eles afirmam ainda que a nova legislação é um passo em direção à marginalização da minoria muçulmana do país.
A Índia tem 1,3 bilhão de habitantes, dos quais 1 bilhão são hindus e 200 milhões são islâmicos — enquanto o restante compõe minorias religiosas.
*Com informações da repórter Larissa Coelho
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.