Índice de confiança da indústria cresceu após corte nos juros, aponta CNI

Além disso, pela primeira vez desde outubro de 2022, as expectativas com relação à economia brasileira para os próximos seis meses cruzaram o patamar que separa o pessimismo do otimismo

  • Por Jovem Pan
  • 11/08/2023 09h42 - Atualizado em 11/08/2023 10h19
Banco de imagens/Pexels Indústria Setor industrial mostra otimismo com corte na taxa básica de juros

A queda da taxa básica de juros (Selic) promovida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) influenciou diretamente o índice de confiança do empresário industrial, calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a CNI, houve avanço de 2,1 pontos, o que fez o índice saltar de 51,1 pontos para 53,2 pontos. A elevação mostra que o indicador começa a se distanciar da linha divisória dos 50 pontos, que separa a confiança da desconfiança. Segundo o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, o corte na Selic foi determinante para o novo cenário: “O empresário industrial já mostrava confiança nesse mês de julho, mas essa confiança se tornou mais disseminada entre as empresas e mais forte nessa passagem de julho para agosto. Certamente o anúncio do corte da taxa básica de juros, já no início do mês de agosto, influenciou esse resultado e trouxe uma confiança maior para os empresários, o que se refletiu nesse índice”.

Outro dado relevante é o de que, pela primeira vez desde outubro de 2022, as expectativas com relação à economia brasileira para os próximos seis meses cruzaram o patamar que separa o pessimismo do otimismo. O índice saltou de 48,2 pontos para 51,5 pontos. Com relação ao otimismo sobre a própria empresa, a subida foi de 56,7 pontos para 58,6 pontos. “Todos os componentes do índice de confiança aumentaram, tanto a avaliação das condições correntes, quando das expectativas, isso na passagem de julho para agosto (…) Ou seja, os empresários passaram a acreditar em uma melhora da economia brasileira nos próximos seis meses”, declarou Azevedo. A expectativa da indústria é de uma sequência de cortes nos juros até o fim do ano. Os índices de condições atuais e expectativas da CNI são medidos a partir de perguntas e respostas sobre a percepção do empresariado em relação à economia e suas próprias empresas.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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