Indústria da construção recupera mercado, mas governo diz que impacto da crise é inevitável

O secretário especial do Ministério da Economia, Carlos da Costa, destaca a retomada acima do esperado, mas reconhece que os efeitos duradouros na economia

  • Por Jovem Pan
  • 05/10/2020 07h17 - Atualizado em 05/10/2020 11h02
Antônio Cruz/Agência Brasil Obra em andamento Em São Paulo, o mercado imobiliário comemora os resultados com média de 3 três mil unidades vendidas

A indústria da construção civil conseguiu manter seus canteiros de obras durante o período de isolamento social pela pandemia e recupera mercado após a flexibilização. Em São Paulo, o mercado imobiliário comemora os resultados com média de 3 três mil unidades vendidas, sendo que em agosto o setor registrou 6.300 vendas e oito mil lançamentos. O resultado é considerado excepcional, avalia o presidente do Secovi, Basílio Jafet, que analisa um cenário de juros baixos, selic e alternativas de investimento. “O investimento em imóveis é mais seguro por estar menos sujeito as flutuações da economia, as oscilações do mercado financeiro. Dando, via de regra, uma rentabilidade mais estáveis. Isso os brasileiros já perceberam e hoje temos a sensação que [os brasileiros] consideram os imóveis, a casa própria, como o seu refúgio de segurança, o que é uma sensação bastante importante.”

A indústria tem registrado crescimentos seguidos e também o aumento na confiança dos empresários e a construção civil entende que o resultado positivo já é visível. Em São Paulo, a alta expressiva também puxa a siderurgia. No entanto, ainda há setores da economia em que os impactos da pandemia perduram. O secretário especial do Ministério da Economia, Carlos da Costa, destaca a retomada acima do esperado, mas reconhece que os efeitos duradouros da crise.

“Grandes movimentos de retorno de emprego, na construção, indústria, comércio e assim por diante. O que está demorando um pouquinho é o setor de serviço em que as pessoas precisam se deslocar, como bares, viagens e eventos. Isso, infelizmente, ainda está sofrendo muito. O governo está atento a isso e tem fornecido todo o apoio necessário”, explica. O desemprego recorde e chegou a 13,8% no trimestre encerrado em julho; maior marca da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, desde 2012.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.