Indústria sinaliza insatisfação em torno da nova taxa de juros do BNDES

  • Por Jovem Pan
  • 03/08/2017 08h28 - Atualizado em 03/08/2017 10h56
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Agência Brasil /Arquivo BNDES O Governo Federal considera a nova norma uma "modernização da remuneração" do BNDES

Com expectativa de parecer favorável do relator em comissão do Congresso, presidente do BNDES defende discussão sobre nova taxa de longo prazo.

Paulo Rabello de Castro deu a declaração durante evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo nesta quarta-feira.

O governo editou MP em abril que instituiu a Taxa de Longo Prazo, a TLP, que, se aprovada, entra em vigor gradualmente dentro de cinco anos. Ela é composta por dois fatores: Um deles é a variação do IPCA, índice oficial da inflação do Brasil. O outro é a uma taxa de juros real prefixada mensalmente a partir do rendimento real das notas do tesouro NTN-B.

Nesta semana, parlamentares indicaram que podem seguir a média dos últimos três meses desses títulos do Tesouro. A medida responde a críticas do presidente do BNDES, que considera que seguir o ritmo mensal deixaria a taxa “nervosa” demais.

Nesta quarta-feira (02), Paulo Rabello de Castro disse na Fiesp que considera bom que a nova TLP continue a ser discutida. Por outro lado, o presidente da Fiesp considera toda a discussão em torno da nova TLP desnecessária.

Paulo Skaf afirmou que ela vai demorar para entrar em vigor e que o custo real do financiamento, considerando os bancos, não tem alterações: “primeiro, não vai mudar nada para agora. Então não tem urgência. É algo ao longo dos cinco próximos anos. É uma discussão que precisa ser feita”.

Quando for instituída em janeiro a nova taxa vai ser igual a da TJLP que é vigente hoje em dia.

Pouco a pouco, dentro de cinco anos, a TLP vai ser elevada chegando até a remuneração total da NTN-B.

O Governo Federal considera a nova norma uma “modernização da remuneração” do BNDES.

Além disso, a União argumenta que a TLP terá uma taxa de juros real que servirá para todos os contratos firmados pelo banco de desenvolvimento.

*Informações do repórter Tiago Muniz

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