Infectologista alerta para risco de infarto e derrame após contaminação por Covid-19

Com mais de 500 subvariantes da Ômicron e o relaxamento nas medidas de distanciamento social, aumentam as possibilidades do surgimento de variantes que escapem das vacinas

  • Por Jovem Pan
  • 04/12/2022 13h46
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EFE/ André Coelho Homem usa camisa cinza enquanto realiza teste de Covid-19 Números indicam uma diminuição no número de casos e internações da Covid-19 nas últimas semanas

A Organização Mundial de Saúde calculou nesta semana que cerca de 90% da população mundial possui algum nível de imunidade à Covid-19, embora tenha alertado para a ameaça de uma nova variante. Segundo o diretor-geral da OMS, a humanidade está muito mais perto do fim da fase emergencial da pandemia. O executivo ainda alertou que a redução da vigilância está abrindo as portas a uma nova variante do vírus que pode superar a Ômicron. Atualmente, existem mais de 500 subvariantes da Ômicron e todas são altamente transmissíveis. A equipe do Jornal da Manhã conversou com a infectologista Raquel Stucchi, que explicou como funciona a imunização ao coronavírus. “Em 90% tem alguma proteção? O que significa isso? Que 90% das pessoas já tiveram uma exposição ao vírus ou através da vacina que deu proteção ou através da doença. Muitas delas tiveram os dois, foram vacinadas e adoeceram Isso não é um sinal fantástico. Se 90% das pessoas pegam catapora, ninguém pega catapora duas vezes, mas com a Covid-19 vimos que não é assim, a proteção vai diminuindo com o tempo. Muita da proteção que o nosso organismo produz, não conhecemos ainda exatamente qual o papel e o quanto ela protege. Isso só mostra que as pessoas já tiveram o contato, mas isso não dá tranquilidade para que as pessoas acreditem que tenham proteção e possam se descuidar”, alertou. A especialista ainda ressaltou que a falta de vigilância, ao tentar bloquear a transmissão e fazer o diagnóstico de novas variantes, faz com que a população corra o risco de desenvolver uma nova variante que escape das vacinas já existentes. “Mesmo quem tem um quadro leve, uma gripe, pode ter consequências até nos próximos seis meses depois da infecção. Aumenta o risco de infarto e derrame. A Covid-19, é melhor não pegar”, pontuou.

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