Inglaterra estuda fechar escolas para minimizar impacto do coronavírus na Europa
O governo britânico já está trabalhando em um plano de emergência para a eventual chegada em massa do coronavírus na Europa. Os casos ainda são limitados por aqui — apenas oito foram confirmados até agora em território britânico, mas a evolução na China tem levantado o debate se uma pandemia é apenas questão de tempo ou não.
Um dos pontos mais relevantes para começar a responder essa pergunta é a análise das ações drásticas tomadas por Pequim até agora. Se o isolamento em massa demonstrar resultados positivos talvez seja possível conter o coronavírus apenas àquele pedaço da Ásia.
De qualquer forma, as medidas sendo estudadas na Inglaterra são semelhantes ao que o governo chinês decretou. O primeiro passo mais drástico seria o fechamento das escolas caso o vírus comece a se alastrar.
A medida é considerada bastante eficaz porque as crianças são mais vulneráveis e espalham rapidamente o vírus. O custo social e econômico, no entanto, é pesado. Estima-se que a decisão de fechar as escolas do país pode custar o equivalente a 1% do PIB.
Há também um impacto estimado em quase 30% da rede de funcionários de saúde do sistema público, que teriam dificuldades para deixar os filhos em casa e poderiam desfalcar hospitais justamente numa situação de emergência.
Sobre o transporte público, os britânicos não discutem uma suspensão total como ocorre em partes da China — mas pretende adotar a recomendação para que as empresas liberem seus funcionários de casa e que as pessoas evitem viagens que não sejam indispensáveis.
Festas, eventos esportivos e baladas devem ser suspensos voluntariamente.
Todas essas medidas ainda não foram implementadas na Grã Bretanha, mas o governo se prepara para uma eventual emergência. Tudo vai depender de como e quando o coronavírus chegar para valer aqui na Europa.
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