Iniciativa ajuda ex-detentos a voltarem ao mercado de trabalho 

  • Por Jovem Pan
  • 20/01/2020 08h53 - Atualizado em 20/01/2020 08h54
Reprodução iniciativa egressos A Grow enfrenta um problema, já que as pessoas que moram na rua algumas vezes roubam ou usam patinetes que estão desbloqueados

No Brasil, poucos ex-presidiários tem a chance de recomeçar a vida profissional. Pensando nisso, a Grow — startup que atua com serviços de mobilidade na América Latina — passou a oferecer oportunidade de reinserção no mercado de trabalho em varias cidades do Brasil

A iniciativa é realizada em parceria com o Instituto Responsa, que trabalha com a capacitação de ex-detentos para o mercado.

Ao oferecer trabalho para egressos do sistema prisional, a empresa trabalha em combater o preconceito que existe e pode inspirar outras companhias a fazer o mesmo.

A Grow enfrenta um problema, já que as pessoas que moram na rua algumas vezes roubam ou usam patinetes que estão desbloqueados. Foi ai que surgiu a ideia de contratar os ex-detentos, que podem ter facilidade de se comunicar com a população periférica.

É o que explica Johnny William Cruz Borges, Gerente de Comunidades da Grow. “A nossa ideia foi colocar pessoas que pudessem se comunicar com moradores de rua e estabelecesse o dialogo da perda do produto, explicando como se usa. A intenção é fazer essa conexão direto com a rua.”

Então vamos conhecer alguns desses responsáveis. Kayene Campos da Silva, por exemplo, ficou 3 anos presa. Há 8 meses ela trabalha para a Grow e passa para as pessoas que moram na rua um pouco da sua historia.

“Antes de conhecer o Responsa eu estava há dois anos desempregada, já em depressão por outros motivos. Através dessa oportunidade conheço bastante gente, precisamos tomar conta dos patinetes. Poder dar uma ideia de vida para que eles possam ter um futuro também, né?”

Michael da Silva tem 31 anos e ficou preso em 7 deles. Ele sofreu muitos preconceitos quando saiu da cadeia e hoje é muito grato por ter tido uma oportunidade para poder sustentar a família.

“Hoje eu me sinto satisfeito pela oportunidade que a empresa me ofereceu, para essas pessoas que não tem oportunidade no mercado por ser egresso. Traz dignidade e respeito, as pessoas nos veem com outros olhos.”

Pioneira no projeto, a cidade de São Paulo hoje conta com 75 egressos do sistema prisional que estão inseridos no mercado de trabalho.

*Com informações do repórter Victor Moraes

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