Inquilinos de prédio na Luz reclamam de falta de informações sobre desocupação
Inquilinos de prédio histórico que deve ser desocupado no centro de São Paulo se queixam de falta de informações. O edifício onde funcionava o antigo Hotel Queluz fica na rua Mauá, bem próximo à estação da Luz.
Projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo, a estrutura do começo do século passado é tombada pelo patrimônio histórico.
Atualmente, o prédio abriga um hotel nos pavimentos superiores e algumas lojas no térreo.
Há cinco anos, o Ministério Público Federal firmou um termo de ajustamento de conduta com os proprietários do edifício.
A promotoria entendeu que as instalações da construção estavam deterioradas e o prédio corria risco de incêndio.
Nesta quarta-feira, a juíza Leila Paiva Morrison, da décima Vara Federal Cível de São Paulo, determinou a interdição e desocupação do prédio
A magistrada entendeu que os proprietários não promoveram qualquer alteração na estrutura e que há risco iminente de incêndio.
Trabalhando numa loja de roupas há 39 anos, o vendedor Sebastião Pereira Teixeira não abriu a loja nesta sexta. “E eu tinha mercadoria para receber e vim para cá, mas fiquei sabendo que a Justiça interditou o prédio. Eu fico preocupado, porque eu trabalho para pagar minhas contas”, disse.
O funcionário de um bar que fica no térreo do prédio disse que foi avisado na noite de quarta-feira sobre a decisão por uma pessoa que não se identificou.
Luiz Chalegre Ferreira afirmou que há pouco contato com os proprietários: “ontem à noite veio um cara aqui de noite”
A execução da ordem judicial deverá ser acompanhada por oficiais das polícias federal e militar e acontecerá 48 horas depois da intimação das partes envolvidas.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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