Inserir segundo endereço duplica chances de conseguir vaga em creche, diz secretário

  • Por Jovem Pan
  • 10/01/2020 08h50 - Atualizado em 10/01/2020 16h08
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Divulgação Divulgação Apesar do número consideravelmente baixo na fila de espera, Bruno Caetano afirmou que não dá para comemorar

A cidade de São Paulo registrou, no último ano, uma queda de mais de 50% na fila de espera por creches. Com pouco mais de 9 mil crianças na espera, o município ostenta o menor número no índice desde 2007. Em entrevista ao Jornal da Manhã, o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano, explicou o avanço e deu uma alternativa para que esse número possa ser ainda mais reduzido.

De acordo com Bruno Caetano, apesar do número de 9 mil crianças na fila, existem atualmente 7 mil vagas ociosas. Isso acontece porque essas vagas estão disponibilizadas há mais de 1,5 quilômetros da residências das famílias que solicitaram o direito.

“Por conta disso, agora as famílias podem registrar um segundo endereço. Isso duplica as chances de conseguir uma vaga. Uma criança do Jardim Ângela, por exemplo, onde não tem vagas disponíveis, pode estudar em Santo Amaro ou na Vila Mariana — se for próximo ao trabalho dos pais ou da casa dos avós.”

Apesar do número consideravelmente baixo na fila de espera — já que ele chegou a 65 mil no último período da gestão de Fernando Haddad — Bruno Caetano afirmou que não dá para comemorar. “Nenhuma criança pode ficar para trás, toda criança importa. Muitas famílias ainda precisam dessas vagas.”

Segundo ele a redução expressiva dos números é fruto de um conjunto de esforços, como: a abertura de novas vagas, construção de novas unidades, conveniamento com entidades sociais e até o projeto assinado pelo prefeito Bruno Covas que permite a secretaria conseguir vagas em instituições privadas.

Para quem ainda assim não conseguiu vaga, o secretário municipal citou o projeto Bolsa Primeira Infância, que prevê para famílias de crianças não matriculadas em creches por falta de vagas e em situação de vulnerabilidade social o beneficio mensal de R$ 200 para garantir bens básicos.

Ele lembrou, porém, que a Bolsa é condicionada com a vaga em creche. Caso a vaga para a criança seja disponibilizada, a família não pode optar por receber o benefício ou não: ela é obrigada a matricular o menor.

“A Prefeitura entende como um trabalho importante que essa fila caia para números ainda menores — visando a universalização nos próximos anos. A gente recebe crianças com 10 dias de vida, então precisamos continuar ampliando nossas vagas.”

Bruno Caetano disse que, atualmente, um aluno da pré-escola matriculado nas creches custa cerca de mil reais por mês — considerando o atendimento integral que é disponibilizado.

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