Instituições particulares de educação querem novas regras para o FIES no Governo Bolsonaro
Representantes de instituições particulares de educação querem propor novas regras do Fundo de Financiamento Estudantil, o FIES, ao governo eleito de Jair Bolsonaro.
Membros da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior, a ABMES, buscam uma ampliação do programa de financiamento.
Segundo eles, o FIES atingiu apenas 26% da meta de alunos inscritos em universidades particulares por meio do programa, tendo o pior desempenho dos últimos nove anos.
Para o diretor-executivo da ABMES, Sólon Caldas, um dos motivos para a diminuição do número de alunos contratantes é o fato do governo financiar apenas 50% do valor das mensalidades. Uma das propostas de mudança no FIES que a Associação faz é que as mensalidades passem a ser 100% financiadas pelo governo federal e que o financiamento também passe a valer para cursos de educação a distância.
As normas atuais do FIES também restringem o subsídio conforme a renda do candidato e nota mínima de 450 pontos no ENEM.
O professor da Universidade Federal do ABC, pós-doutor em Educação e especialista em políticas públicas de inclusão no Ensino Superior, Wilson de Almeida, avaliou como um avanço a atual formulação em que se encontra o FIES e que no início o programa não tinha controle.
Wilson de Almeida ainda apontou que existe um interesse dos grupos educacionais com fins lucrativos em aumentar a base de alunos via. O professor ainda argumentou que boa parte dos recursos que se direcionam aos grandes grupos educacionais poderiam ser direcionados para investimento e aumento de vagas nas universidades públicas.
*Informações da repórter Victoria Abel
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