Instituto Butantan apresenta resultados finais da CoronaVac nesta quarta-feira

Resultados preliminares mostram que a vacina desenvolvida pelo laboratório Sinovac, em parceria com o instituto, é segura e tem capacidade de produzir resposta imune em 97% dos casos

  • Por Jovem Pan
  • 23/12/2020 06h18 - Atualizado em 23/12/2020 08h46
ADRIANA TOFFETTI/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 12/12/2020 Frasco da vacina Coronavac A CoronaVac também foi incluída pelo governo federal no Plano Nacional de Imunização contra Covid-19

Após muitas idas vindas marcadas por impasses políticos, o governo de São Paulo apresenta nesta quarta-feira, 23, os dados sobre a eficácia da vacina do Instituto Butantan e deve fazer os pedidos de uso emergencial e de registro definitivo do imunizante à Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na segunda-feira, o jornal americano The Wall Street Journal afirmou que “os resultados de eficácia colocam a CoronaVac acima da taxa de 50%”, segundo apurações realizadas com fontes próximas ao processo de desenvolvimento do produto. O percentual é o mínimo exigido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para que a vacina seja aprovada para distribuição em larga escala. Na ocasião, o Instituto Butantan informou que qualquer informação a respeito da eficácia divulgada antes do anúncio oficial “era mera especulação”.

Resultados preliminares dos estudos clínicos da CoronaVac, publicados em novembro, mostram que a vacina é segura e tem capacidade de produzir resposta imune no organismo 28 dias após sua aplicação em 97% dos casos. A CoronaVac também foi incluída pelo governo federal no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra Covid-19 apresentado na semana passada, ao lado das vacinas da Oxford e da Pfizer. Em reunião da comissão externa da Câmara dos Deputados, que acompanha as ações contra a Covid-19, o Secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, disse que o governo deve receber 46 milhões de doses da vacina do Butantan até março.

Na mesma reunião, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicou que vai começar a entregar a vacina da Oxford ao Ministério da Saúde a partir do dia 8 de fevereiro. Segundo a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, a previsão é disponibilizar um milhão de doses até o dia 12 do mesmo mês. A meta contraria, no entanto, as previsões do Ministério da Saúde, que havia previstos a entrega de mais de 24 milhões de doses ainda em janeiro, sendo 15 milhões delas da vacina de Oxford. Eduardo Pazuello, que fez uma breve participação na audiência, disse que o país “está caminhando para poder ter vacinas de várias matizes” e para entregar as doses “o mais rápido possível. Nesta terça, o Brasil registrou 968 mortes em apenas um dia, totalizando 1882.59 vidas perdidas para a Covid-19. Com 55 mil novos casos em um período de 24 horas, o país tem mais de 7,3 milhões de infectados.

*Com informações da repórter Letícia Santini

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