Instituto Butantan recebe naja que picou estudante de veterinária no DF

O centro de pesquisa recebeu a cobra e outras seis serpentes exóticas que estavam no zoológico de Brasília; elas estão passando por exames clínicos e vão ficar em quarentena

  • Por Jovem Pan
  • 13/08/2020 06h34 - Atualizado em 13/08/2020 08h31
Ivan Mattos / ZoologicoDF O Butantan vai decidir se elas serão expostas no museu ou usadas em atividades científicas

A Naja que ficou famosa depois de picar um estudante de veterinária, no Distrito Federal, desde a quarta-feira, 12, tem um novo lar: o Instituto Butantan, em São Paulo. O centro de pesquisa recebeu a cobra e outras seis serpentes exóticas que estavam no zoológico de Brasília. Esses animais, encontrados dias depois de Pedro Henrique Krambeck ser picado pela naja, revelaram um esquema de tráfico de animais exóticos na capital, que ainda está sendo investigado por autoridades policiais. A descoberta da cobra desencadeou uma série de ocorrências relacionadas à criação ilegal de animais e resultou no resgate de 32 serpentes e aplicação de mais de R$ 300 mil em multas. Além das cobras, outros animais também foram localizados, como tubarões e lagartos.

Uma servidora do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi afastada das suas funções após determinação do juiz Renato Coelho Borelli, da 9ª Vara Federal Cível de Brasília. O motivo da decisão é que a servidora teria concedido uma licença ao estudante de veterinária investigado pela criação ilegal de cobras nativas e exóticas. O afastamento de Adriana da Silva Mascarenhas foi ordenado a pedido do próprio Ibama, depois que a licença foi encontrada durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa de Gabriel Ribeiro, suspeito de integrar um esquema de tráfico de animais e amigo de Pedro Henrique Krambeck, estudando picado pela naja. Desde o dia em que foram descobertas, as cobras foram levadas ao Zoológico de Brasília, que as abrigou temporariamente. Todas as serpentes estão passando por exames clínicos e vão ficar em quarentena por um período de 30 a 40 dias. Só depois desse período o Butantan vai decidir se elas serão expostas no museu ou usadas em atividades científicas.

*Com informações do repórter Leonardo Martins

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