Integrantes do PCC presos na Operação Jiboia planejavam crimes contra autoridades, diz subprocurador

  • Por Jovem Pan
  • 04/05/2019 11h35
Divulgação/MP-SP Dinheiro foi apreendido com células de organização criminosa

Uma operação deflagrada nesta sexta-feira (3) pelo Ministério Público (MP) e a Polícia Militar teve como alvo integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) que monitoravam a rotina de agentes públicos em São Paulo. A Operação Jiboia foi o resultado de uma investigação de seis meses de diversas células da facção criminosa que atuam na capital e no interior do estado.

“Essa foi uma operação destinada a estrangular as atividades da facção criminosa no seu trabalho diário de rua. Na verdade esse trabalho acabou chegando numa célula específica, que fazia um trabalho diferente das demais porque se limitava a buscar dados de determinadas autoridades e agentes públicos”, explicou o subprocurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo.

De acordo com Sarrubbo, esse grupo específico monitorava promotores de Justiça e policiais militares, fazendo anotações em um caderno sobre as atividades diárias: o que faziam, aonde iam, hábitos pessoais, horários de saída e chegada nas residências. Para o subprocurador-geral esses são indícios de que os agentes monitorados eram potenciais vítimas da facção.

“Evidentemente quando se procura levantar o dia a dia de uma pessoa determinada é porque há por trás uma ação criminosa. Temos firme convicção que conseguiremos provar a intenção de atentado a esses agentes públicos [monitorados]”, declarou Sarrubbo.

50 mandados de prisão foram expedidos e 44 pessoas foram presas em 20 cidades de São Paulo. 11 prisões foram em flagrantes, pelo porte de arma e drogas. Grande quantia em dinheiro também foi apreendida, mas o valor não foi confirmado.

*Com informações da repórter Victoria Abel

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