“Interessa ao País que o PSDB se mantenha no Governo”, diz vice-presidente do partido

  • Por Jovem Pan
  • 12/07/2017 08h15
George Gianni/ PSDB (18/08/2014) “Estamos enfrentando as dificuldades do jeito que pode, estamos participando e ajudando e, na minha opinião, devemos continuar participando e ajudando", disse ao Jornal da Manhã

Nome forte entre a base, o PSDB realizou reunião no início da semana para decidir se continua ou se desembarca do Governo Temer. Nada se decidiu, mas nomes como Geraldo Alckmin, João Doria e Beto Richa defendem a independência do partido.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o vice-presidente nacional do PSDB, Alberto Goldman, foi contra o que a maioria do partido apresentou nos últimos dias e defendeu que o partido permaneça na base de apoio do Governo de Michel Temer.

“Minha análise foi feita na época [pós-impeachment] sobre entrar no Governo ou não. Todos saberíamos da dificuldade do Governo que viria (…) Quando entramos no Governo, foi como exigência daquilo que tínhamos feito. Tiramos Dilma Rousseff, o vice era Michel Temer e a Constituição dizia que em caso assim quem substituía era ele. Nós entramos no Governo porque era a forma de ajudar o País a sair da imensa dificuldade em que está”, disse o tucano.

Goldman ainda acrescentou que, mesmo sabendo das dificuldades, o PSDB optou por ser da base aliada e que agora, em momento de crise, deve continuar participando e ajudando. “Estamos enfrentando as dificuldades do jeito que pode, estamos participando e ajudando e, na minha opinião, devemos continuar participando e ajudando. Não é o que interessa à figura do partido, é o que interessa ao País. Na minha opinião, interessa ao País que o PSDB se mantenha no Governo, dê continuidade no Governo e faça o melhor que possa fazer. É o que fez antes e é o que deve continuar fazendo”.

Apesar de defender a permanência do PSDB no partido, Goldman ressaltou que o que ocorre atualmente é uma “casa de horrores” e não deixou de creditar a Temer as visitas informais de Joesley Batista como foco da crise. Entretanto, o tucano deixou clara a sua defesa do presidente: “não há corrupção passiva caracterizada hoje. Acho que neste momento não há elementos suficientes para dizer que houve corrupção passiva”.

Goldman aproveitou ainda para expor um cenário com Rodrigo Maia, atual presidente da Câmara dos Deputados, como presidente interino da República pelo período de seis meses e questionou se isso seria bom para o País.

“A lei tem que ser cumprida como ela é. Não pode inventar. Se alguém pode ser condenado, tem que ter provas reais, concretas de que ele levou dinheiro, que fez a negociação com o tal Joesley [Batista]. Isso tudo não está configurado na denúncia de Janot”, afirmou.

Sobre a permanência de Aécio Neves como presidente do partido, já que está licenciado do cargo, Alberto Goldman foi categórico: “sou a favor que ele se afaste e que ele tome a decisão. Não temos como afastá-lo. Ele cometeu erros graves e deve ser afastado”.

Confira a entrevista completa:

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