Interesse internacional por petróleo do pré-sal cresce em meio à guerra

Brasil pode representar parte das alternativas globais diante das sanções ao combustível fóssil da Rússia

  • Por Jovem Pan
  • 10/03/2022 09h42 - Atualizado em 10/03/2022 11h04
NELSON ALMEIDA / AFP Frente da planta de refino da Petrobras na cidade de Cubatão, em São Paulo Planta de refino da Petrobras na cidade de Cubatão, em São Paulo

A guerra entre Rússia e Ucrânia pode acelerar as exportações de petróleo da Petrobras e a diversificação das vendas externas de óleo. Nos últimos anos, a China tem sido o principal destino das exportações da Petrobras. Com o avanço do pré-sal, que hoje representa mais de 75% da produção nacional, essa procura pelo petróleo brasileiro se intensificou, mesmo antes da guerra. Com o conflito, as consultas pelo petróleo produzido pela estatal aumentaram ainda mais nos últimos dias, segundo fontes da Jovem Pan.

O óleo do pré-sal é considerado de ótima qualidade e tem grande aceitação no mercado internacional. Isso tem ajudado a Petrobrás a negociar com novos mercados. A estatal não vende direto para países, mas apenas para refinadores de óleo. O barril do petróleo do tipo Brent segue em patamar bastante elevado no mercado internacional e o pré-sal especificamente bastante valorizado. As fontes da Jovem Pan afirmam acreditar que o excedente de petróleo que a Petrobras poderia exportar gira em torno de 0,5 milhão de barris/dia. Muitos países como Estados Unidos, Reino Unido e outras nações europeias já anunciaram, em meio a guerra, que não vão mais comprar o petróleo da Rússia. Eles vão precisar comprar de outros fornecedores, e o Brasil e a Petrobras aparecem como opções para atender a demanda global.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga 

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