Investidores estão de olho na eleição nos EUA e na divulgação de juros nesta semana
Mercado de títulos da dívida pública americana sugere uma expectativa de vitória para Trump; no Brasil, o Copom deve anunciar um aumento na taxa básica de juros em meio ponto percentual
A semana que se inicia promete ser agitada no cenário econômico global, com eventos de grande relevância que podem impactar mercados e economias ao redor do mundo. Entre os destaques, estão as decisões cruciais sobre taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos, além das eleições presidenciais americanas, que estão em sua fase final. As campanhas de Kamala Harris e Donald Trump intensificam esforços em estados decisivos como Geórgia, Nevada, Wisconsin e Michigan, onde as pesquisas indicam um empate técnico. No entanto, o mercado de títulos da dívida pública americana sugere uma expectativa de vitória para Trump no dia 5 de novembro.
No Brasil, o foco está no Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), que deve anunciar um aumento na taxa básica de juros em meio ponto percentual, elevando-a para 11,25% ao ano. Esta decisão é influenciada pela depreciação cambial e pela piora nas expectativas de inflação, em um cenário econômico desafiador. A cotação do dólar, que atingiu R$ 5,86 na última sexta-feira (1º), reflete a inquietação do mercado enquanto o governo Lula ainda não anunciou medidas de corte de gastos. A expectativa é que o aumento dos juros ajude a conter a inflação, mas também pode impactar o crescimento econômico.
Nos Estados Unidos, a atenção dos investidores está voltada para a decisão do Federal Reserve, que deve cortar os juros em 0,25 ponto percentual após dados fracos do mercado de trabalho em outubro. Esta medida visa estimular a economia americana em um momento de incertezas, especialmente com as eleições presidenciais se aproximando. Na quinta-feira (31), o IBGE divulgará a Pesquisa Industrial Mensal Regional, enquanto o Tesouro Nacional apresentará o resultado primário do governo central de setembro, dados que serão acompanhados de perto pelos analistas.
Na Europa, o Banco Central da Inglaterra anunciará sua política monetária em um momento de incertezas econômicas, com o continente ainda lidando com os efeitos da pandemia e das tensões geopolíticas. A semana termina com a divulgação do IPCA de outubro, principal indicador de inflação no Brasil, que será crucial para entender a dinâmica dos preços no país.
*Com informações de Larissa Pansani
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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