Investigação sobre suposta tentativa de golpe deve prosseguir? Veja análise de advogado criminalista

Em entrevista à Jovem Pan, Celso Vilardi abordou a questão após Alexandre de Moraes retirar, nesta terça (26), o sigilo do relatório da PF sobre o caso e o encaminhar à Procuradoria-Geral da República

  • Por Jovem Pan
  • 27/11/2024 10h10
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Reprodução/ Jovem Pan advogado Celso Vilardi, advogado criminalista e professor da Fundação Getúlio Vargas

O ex-presidente Jair Bolsonaro está atualmente sob investigação por uma alegada participação em uma tentativa de golpe de Estado em 2022. O objetivo dessa ação seria impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. O relatório da Polícia Federal, que foi tornado público nesta terça-feira (26) pelo Ministro Alexandre de Moraes, sugere que Bolsonaro estava plenamente ciente e teve uma participação ativa no plano. Em entrevista à Jovem Pan, Celso Vilardi, advogado criminalista e professor da Fundação Getúlio Vargas, comentou sobre a robustez do relatório, afirmando que, apesar da polarização política no Brasil, o documento apresenta provas robustas para que a investigação prossiga e seja avaliada pelo Ministério Público Federal.

O advogado criminalista ressaltou que uma condenação não pode ser baseada apenas em presunções ou meros indícios. “O processo penal democrático no Brasil requer que tanto a acusação quanto a defesa apresentem suas provas, permitindo um julgamento”, afirma Vilardi. “Existe, sim, provas robustas da tentativa do golpe”. O advogado mencionou a existência de uma minuta golpista impressa no Palácio do Planalto e depoimentos de altos comandantes das Forças Armadas afirmando da existência do ato, o qual eles não apoiaram, mensagens de WhatsApp falando de um início monitoramento de um Supremo Tribunal Federal, “se isso é uma cogitação, eu sinceramente não sei o que efetivamente nós podemos entender como indícios suficientes”.

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Por fim, Vilardi enfatizou a importância de conduzir o processo de forma transparente e justa, para evitar a percepção de perseguição política e garantir a estabilidade institucional, além de permitir que a população também possa acompanhar o processo.

Publicado por Luisa Cardoso

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