Investigações de ataques a refinarias sauditas aumentam tensões no Oriente
As forças armadas da Arábia Saudita afirmaram que as armas usadas em dois ataques a refinarias são de origem iraniana. O exército saudita ainda declarou que os drones não foram lançados do Iêmen, conforme alegado pelo grupo Houthis, que assumiu a autoria da ofensiva.
Os rebeldes estão há cinco anos em confronto com a coalizão militar liderada pelos sauditas e são apoiados pelo Irã. As investigações preliminares foram feitas com auxílio de órgãos de inteligência norte-americanos que compartilharam dados com o país saudita.
As apurações ainda precisam ser concluídas, mas o anúncio das Forças Armadas gera tensões após a ameaça de retaliação por parte dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump já havia acusado o Irã de ter orquestrado os ataques e tinha avisado que aguardava posicionamento de Riad para replicar a ofensiva.
O mandatário iraniano, Hassan Rouhani, negou que esteja por trás dos bombardeios às refinarias. Rouhani disse que o Iêmen organizou o ataque como resposta às agressões sofridas durante o conflito com a Arábia Saudita.
A declaração foi feita ao lado do presidente da Rússia, Vladimir Putin, que fez um apelo para que as autoridades não tirem conclusões precipitadas sobre a autoria do atentado.
O russo ainda disse que dispõe de mísseis que poderiam ajudar a Arábia Saudita a proteger o território. O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte disse que a situação está sendo monitorada de perto.
Jens Stoltenberg reconheceu que a Otan está preocupada com as relações que o Irã mantém com grupos terroristas.
Para ele, o país é responsável por desestabilizar a região.
No último sábado, dois ataques com drones interromperam metade da produção de petróleo da Arábia Saudita.
Quase 6 milhões de barris de óleo cru estão deixando de ser produzidos diariamente, o equivalente a 6% do abastecimento mundial.
*Com informações da repórter Natacha Mazzaro.
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