Investigado em nove inquéritos no STF, Aécio Neves poderá se tornar réu pela primeira vez
A primeira Turma do Supremo Tribunal Federal julga nesta terça-feira a denúncia formulada pela Procuradoria-Geral da República contra o senador Aécio Neves pelos crimes de corrupção e obstrução de Justiça. A acusação foi feita a partir da delação de executivos da JBS.
O tucano é acusado de receber propina de R$ 2 milhões e de ter tentado atrapalhar as investigações da Lava Jato.
Em maio do ano passado, Aécio Neves chegou a ser afastado das funções no Congresso, mas retornou ao cargo.
Também são alvos da mesma denúncia a irmã do senador, Andrea Neves, o primo dele, Frederico Pacheco, e Menderson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella, do MDB.
Em conversas gravadas, Aécio Neves afirma a Joesley Batista que precisava de recursos para pagar advogados.
Na delação, o empresário citou que o tucano constantemente pedia dinheiro.
Além dos R$ 17 milhões citados por Joesley Batista, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot acusou Aécio Neves de receber R$ 60 milhões, em 2014.
No ano passado, o senador gravou um vídeo em que negava as acusações e criticava a prisão da irmã.
A primeira turma do Supremo, que decidirá se recebe ou não a denúncia, é composta pelo relator, Marco Aurélio Mello, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Rosa Weber e Luís Roberto Barroso.
Ontem, na véspera do julgamento, a defesa de Aécio Neves cobrou o acesso a provas já produzidas nas investigações sobre as irregularidades da delação da JBS.
O julgamento está previsto para começar às duas horas da tarde, desta terça-feira.
*Informações da repórter Natacha Mazzaro
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