Investigadores reclamam de burocracia das operadoras de telefonia para fornecer dados
As dificuldades impostas pelas operadoras de telefonia estão atrapalhando o trabalho da polícia.
Os investigadores reclamam da burocracia criada pelas empresas, na hora de ceder informações sobre as linhas.
Os problemas afetam, principalmente, os casos de desaparecimento e sequestro, quando os agentes precisam agir rápido e não podem esperar muito tempo pela liberação.
Na maior parte das vezes, a polícia vai em busca da localização do aparelho ou de dados cadastrais, mas, ao pedir ajuda às companhias, a resposta nem sempre é positiva.
A delegada Ana Cristina Luterio, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil de São Paulo, disse que algumas empresas aceitam colaborar, mas outras se recusam e levam a disputa para a Justiça.
“Em algumas, a informação chega para nós de maneira bem rápida. Em contrapartida, temos outras que a demanda leva certo tempo. Isso dificulta muito principalmente quando temos caso de sequestro, por exemplo. Sem contar que uma dessas operadoras tem liminar na Justiça e, por conta disso, os delegados não possuem senha direta”, disse.
A delegada Ana Cristina Luterio ressaltou que a polícia está lidando com vidas e pede que as operadoras de telefonia parem de criar obstáculos.
Em nota enviada à Jovem Pan, o SindiTelebrasil, sindicato que reúne as empresas, declarou que as prestadoras de telecomunicações atuam sempre no sentido de preservar o sigilo de dados e comunicações telefônicas dos clientes.
As companhias declararam que “cumprem à risca” a Lei 9.296, de 1996, que determina que qualquer quebra de sigilo só pode ser efetuada mediante ordem judicial.
*Informações do repórter Vitor Brown
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