Investimentos federais voltados a crianças e adolescentes caem de 15% para 5%, aponta relatório
O relatório da Fundação Abrinq, divulgado nesta quinta-feira (23), aponta que os investimentos federais voltados para as crianças e adolescentes caíram de 15% para 5%, comparado com a última gestão.
O documento, que avalia o período de 2015 a 2018, revela também que alguns indicadores sociais pioraram nos últimos anos e problemas que já haviam sido superados, tornaram-se novamente desafios.
A gerente executiva da Fundação Abrinq, Denise Cesario, afirmou que o relatório traz um cenário preocupante.
O relatório aponta ainda que os indicadores sociais referentes à saúde têm piorado nos últimos anos. O Brasil ainda possui elevada taxa de mortalidade infantil, que chega a ser o dobro da chilena.
Já na educação, a alta e precoce evasão escolar chama a atenção: em 2015, apenas 76% dos adolescentes de 16 anos concluíram o ensino fundamental.
O trabalho infantil também teve destaque. O governo federal não cumpriu a meta de erradicar até 2016 e hoje, mais de dois milhões de crianças e adolescentes, de cinco a 17 anos, ainda se encontram em situação de trabalho infantil.
De acordo com a secretária executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, Isa Oliveira, é necessária uma articulação efetiva de um conjunto de políticas públicas para acabar com a exploração de menores.
O relatório apontou também que no último ano o número de denúncias de violência contra crianças e adolescentes aumentou, invertendo a tendência de queda.
*Informações da repórter Natacha Mazzaro
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