Ipea mantém previsão de queda do PIB em 6% neste ano e retomada lenta em 2021

Segundo o instituto, no entanto, o pior do efeito da crise sanitária na economia já ficou para trás

  • Por Jovem Pan
  • 09/09/2020 06h23 - Atualizado em 09/09/2020 08h35
Reprodução FOTO: Reprodução Firjan estima que o PIB do Rio de Janeiro pode crescer 2,5% em 2022

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mantém previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 6% neste ano e retomada lenta em 2021. De acordo com o instituto, o pior do efeito da crise sanitária na economia já ficou para trás. O órgão defende, no entanto, mais incentivos para as micro e pequenas empresas. O diretor de estudos e políticas setoriais do Ipea, André Tortato Rauen, destaca que o crédito é fundamental. “A gente entende que atração econômica da economia brasileira depende desse substrato para os micro e pequenos empresários, inclusive estes micro empresários estão muito próximos da informalidade”, afirma.

Em audiência no Congresso Nacional, nesta terça-feira, 8, o diretor do Ipea reiterou que a situação fiscal do país exige cuidados. André Tortato Rauen acrescenta que as projeções dependem, claro, do arrefecimento da pandemia. Uma possível segunda onda de infecções de coronavírus rende discussões e questionamentos dos infectologistas. Também em conferência com os parlamentares, o coordenador do Comitê Científico do Nordeste, Sérgio Rezende, aposta em uma superação. “Tem 32 vacinas sendo testadas, oito em fase 3, de modo que estamos confiantes que em mais alguns meses esta crise será superada e vamos retomar as condições de vida”, explica. Sérgio Rezende lamenta a falta de coordenação federal para o enfrentamento ao coronavírus. Os especialistas afirmam que a doença não poderia ter sido tão politizada por prefeitos, governadores e pelo presidente da República.

*Com informações do repórter Afonso Marangoni

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