‘Isso chama-se política’, diz Lula ao justificar aliança com Alckmin

Em evento com líderes do PSB, ex-presidente falou em dar dignidade e emprego novamente ao povo brasileiro após a eleição

  • Por Jovem Pan
  • 29/04/2022 11h26
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WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO Lula segura o microfone com a mão esquerda e cumprimenta Alckmin com a O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), e o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Junto de dirigentes e nomes importantes do PSB e também do recém-filiado Geraldo Alckmin, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou agradecendo ao partido e dizendo que nunca foi tão necessário ganhar as eleições para devolver a dignidade ao povo. Ele voltou a falar sobre a união com o ex-governador de São Paulo. “Porque isso chama-se política, chama-se maturidade, chama-se compromisso com esse país, compromisso com o povo brasileiro. Nós temos um compromisso, Alckimin. Nem você vai ter tempo de brigar comigo e nem eu vou ter tempo de brigar com você. Porque nós vamos ter que dedicar todo o nosso tempo a brigar com quem precisar brigar para recuperar a dignidade, a qualidade de vida do povo brasileiro”, disse.

Lula também criticou as emendas de relator e falou sobre propostas para o país. “Nós vamos reduzir a inflação. Nós vamos provar que vamos aumentar o salário mínimo, vamos provar que vamos estabelecer uma regra de funcionamento para o trabalho que ninguém possa se sentir escravizado, vamos provar que o pequeno e o médio agricultor vão viver dignamente do resultado do seu trabalho. E nós vamos ter que fazer em quatro anos o que seria necessário fazer em 40”, declarou.

Mais cedo, Lula tinha comentado a declaração da Organização das Nações Unidas (ONU) de que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial no julgamento da Lava-Jato. No Twitter, Lula disse estar feliz e com a alma lavada: “Hoje, eu estou feliz, a decisão do tribunal da Onu lavou a minha alma. E eu só quero que a imprensa, que divulgou tantas mentiras sobre mim, pela desculpas e admita que foi enganada por Moro e Dallagnol”, escreveu. Sergio Moro (União) também se manifestou nas redes sociais e observou que o relatório da ONU não inocenta Lula e nem nega a corrupção na Petrobras. Moro avaliou que a decisão da organização foi influenciada pela sentença do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou as condenações de Lula, classificada pelo ex-juiz como um grande erro judiciário.

Sergio Moro ainda citou votos vencidos no comitê da Onu, que corroboram que a atuação dele tenha sido legítima, sem perseguição política e referendada por três instâncias do judiciário. Em outra publicação publicação, Moro escreveu: “Lula não foi inocentado nem pelo STF e nem por esse comitê da ONU. O mensalão do PT existiu. Fato. A roubalheira na Petrobras também, todo mundo sabe. Então, não adianta dissimular. É como diz aquele rapaz: receba!”

*Com informações da repórter Carolina Abelin

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