Covid-19: Itália registra o menor número de mortes desde o início da pandemia
Ao mesmo tempo, países como a China e a Alemanha registram novos surtos da doença; número de vítimas ultrapassa marca de 600 mil no mundo
A Itália contabilizou três mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde neste domingo (19). O número é o menor já registrado desde o início da pandemia da Covid-19, em fevereiro. Agora, chega a 35.045 o total de mortes no país. Já o número de novos contágios foi de 218, em um nível que vem sendo mantido nos últimos dias. Com isso, o total de infecções é de 244.434 casos.
Dos 12.440 casos ativos, 49 estão internados em unidades UTI, 11.648 estão em isolamento domiciliar e 743 estão recebendo atendimento em hospitais e centros médicos. O número de curados na Itália chega a quase 200 mil. Ao mesmo tempo, na Alemanha, autoridades de saúde informaram no domingo que um novo surto da Covid-19 foi detectado em um frigorífico do país. Após testes em 1046 pessoas, 66 casos foram confirmados até agora. Os infectados, que moram em cidades diferentes, foram colocados em quarentena, assim como pessoas próximas a eles.
Em Frankfurt, uma das cidades mais importante da Alemanha, 39 pessoas foram presas durante uma festa ao ar livre, na qual participavam milhares de jovens. Os agentes da polícia foram atacados com uma “chuva de garrafas” e cinco policiais ficaram feridos quando a polícia interveio em uma briga. O local se tornou um centro habitual de aglomerações, que a imprensa local passou a chamar de “festas do coronavírus”. Bares e clubes ainda estão fechados no país para conter a propagação do vírus.
Já no Reino Unido, o secretário de Relações Exteriores, Dominic Raab, disse estar “absolutamente seguro” do envolvimento da Rússia em ataques cibernéticos para roubar dados sobre uma vacina contra o coronavírus. Na semana passada, os governos dos Estados Unidos, do Canadá e do Reino Unidos acusaram a inteligência estatal russa de invadir pesquisas farmacêuticas e acadêmicas internacionais. Moscou estaria tentando tirar proveito de estudo dos outros países para tentar vencer a corrida por uma vacina contra a Covid-19.
Dominic Raab disse ser “um tanto escandaloso e repreensível que o governo russo se envolva nessas atividades” em um momento em que o mundo está se unindo para tentar conter a pandemia. Em entrevista a emissora Sky News, neste domingo ele afirmou: “vamos responsabilizar a Rússia e trabalhar para tornar o mundo consciente da natureza de seus atos nefastos”, enfatizou. Em reação, o embaixador russo em Londres, Andrei Kelin, rejeitou as acusações. Falando à BBC, ele disse que é impossível atribuir atos de pirataria informática a um país específico.
Em Hong Kong, região semi-autônoma da China, o governo aumentou os controles por conta do coronavírus. As autoridades afirmaram que a situação fugiu do controle depois que 108 novos casos, um número recorde, foram registrados nas últimas 24 horas. A chefe executiva de Hong Kong disse considerar a situação realmente crítica e que não há sinais de que será controlada. Segundo a universidade norte americana – Johns Hopkins – as mortes provocadas pelo novo coronavírus ultrapassaram a marca de 600 mil no mundo.
*Com informações do repórter Afonso Marangoni
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