Itamaraty desconvida presidentes de Cuba e Venezuela para posse de Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 18/12/2018 07h09 - Atualizado em 18/12/2018 08h07
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Lula Marques Lula Marques A equipe de Bolsonaro recomendou que o cubano Miguel Díaz-Canel e o venezuelano Nicolás Maduro fossem desconvidados

O Itamaraty explicou a polêmica envolvendo o convite aos chefes de Estado e de Governo de Cuba e da Venezuela para a posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro, em 1º de janeiro.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, os dois países foram convidados. Porém, a equipe de Bolsonaro recomendou que o cubano Miguel Díaz-Canel e o venezuelano Nicolás Maduro fossem desconvidados.

A polêmica começou no domingo (16), quando o futuro chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, afirmou no Twitter que o presidente da Venezuela não foi convidado para a posse.

Segundo Araújo, “não há lugar para Maduro numa celebração da democracia e do triunfo da vontade popular brasileira.”. O futuro ministro das Relações Exteriores disse ainda que todos os países devem deixar de apoiá-lo e unir-se para libertar a Venezuela.

Por outro lado, o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, informou que Maduro foi sim convidado para o evento em Brasília.

Os governos de Cuba e Venezuela foram muito próximos ideologicamente das gestões do PT no Brasil, chegando a receber inclusive empréstimos do BNDES. Porém, o governo de Michel Temer reduziu o tom das relações, e o sucessor, Jair Bolsonaro, é crítico às operações e à proximidade do Brasil com os dois países.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente eleito, chegou a publicar no Twitter que o novo Governo terá muito mais gosto em ver na posse os venezuelanos que fugiram da “narcoditadura” do que autoridades ainda legalmente constituídas da Venezuela”.

Desconvidados, o cubano Miguel Díaz Canel e o venezuelano Nicolás Maduro não estarão na solenidade de posse do presidente eleito Jair Bolsonaro em primeiro de janeiro, em Brasília, que contará com a presença de centenas de chefes de Estado e de Governo, entre eles o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, confirmado nesta segunda-feira pelos Estados Unidos.

*Informações do repórter Matheus Meirelles

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