Janaína Paschoal defende fim de sigilo de investigações na Alerj: ‘Não vejo muito empenho em apurar’
Pré-candidata à presidência da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a deputada estadual mais votada da história do País, Janaína Paschoal (PSL), defendeu o fim do sigilo nas investigações que tratam de prática “institucionalizada” na Alerj e a extinção do “pacto de silêncio”.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, a deputada eleita negou que o pedido seja voltado apenas para o caso de Flávio Bolsonaro (PSL): “não é sobre as investigações referentes a ele, mas à Alerj. Pelo seguinte, toda vez que tem operação no meio desse contexto, tem pessoas envolvidas e umas que não têm nada a ver. Há indícios de que havia prática institucionalizada. A população, a meu ver, tem direito a ter acesso aos detalhes da apuração”.
Janaína Paschoal lembrou ainda que a situação só ganhou magnitude por citar o nome de Flávio Bolsonaro, mas que é algo que deve ter atenção em todo o Legislativo estadual. Segundo ela, se não fosse esse o caso, “a investigação ia ficar ali”. “Vai ter eleição para a presidência da Alerj, e o parlamentar predileto é o que está no topo da lista. Não estou vendo muito empenho em apurar”, completou.
“Eu não quero mais pacto de silêncio, porque a estratégia é um apontar coisa errada no outro e todo mundo fica quieto. Acho que é o contrário, se tem coisa errada vamos levantar, aurar e punir. É tirar o sigilo da investigação referente a essa prática institucionalizada na Alerj”, declarou.
A deputada eleita, que é pré-candidata ao comando da Alesp, destacou ainda que o ocorrido na Alerj teria mais dificuldades em acontecer no Legislativo paulista por conta do rigor. “Tivemos curso com funcionário da Corregedoria. Já estão tomando medidas. Na Alesp, por exemplo, é proibido parentes trabalhando na Alesp inteira. A Alesp tem regras diferentes da Alerj, que dificultam ou inviabilizam essa prática”.
Quanto ao alto número de assessores parlamentares, Janaína desconversou se, caso eleita presidente, diminuirá a quantidade de funcionários por deputado: “não gosto de julgar sem vivenciar. Olhando de fora eu não consigo imaginar onde colocar 32 pessoas, mas estou pensando com base no meu estilo. Mas como ainda não estou lá, pode ser que na prática eu veja ser necessário um representante em cada área visitando hospitais, escolas”.
A prática, segundo ela, seria monitorada com relatórios de representantes dos deputados. Sem cravar que reduziria o número de assessores, a deputada eleita afirmou que não faz juízo de valor, mas acredita que [e possível “reduzir muito”.
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