Janot admite ter passado por situação difícil ao saber de gravação entre Joesley e Temer
Procurador-geral da República admite ter passado por situação difícil ao tomar conhecimento da conversa gravada entre Michel Temer e Joesley Batista.
Rodrigo Janot explicou que o áudio foi o pontapé inicial para investigar o presidente da República e denunciá-lo por corrupção passiva.
O procurador revelou que os irmãos Batista impuseram como condição para denunciarem os ilícitos não responder a nenhum dos crimes explicitados.
Em entrevista para a Globonews, Rodrigo Janot descreveu como se sentiu ao ouvir o áudio do encontro no Palácio do Jaburu.
Janot também explicou que o pacto estabelecido com Wesley e Joesley Batista é provisório. E o mais importante de tudo: precisa ser corroborado com provas concretas e ratificado pelo STF ao final do processo.
Janot rebateu as tentativas de Michel Temer de desqualificar a denúncia enviada ao Supremo como mera técnica para desacreditar a figura do acusador.
O magistrado ainda citou uma figura emblemática do caso entre o presidente da República e a JBS para lançar uma pergunta retórica:
Rodrigo Janot negou que teria tramado a gravação da conversa ao explicar que o registro foi feito um mês antes de Joesley procurar o Ministério Público.
Horas antes da entrevista do procurador Geral, o advogado de Michel Temer voltou a questionar a consistência da denúncia protocolada no STF.
Antônio Cláudio Mariz de Oliveira publicou um vídeo nas redes sociais descartando a prática de corrupção passiva pelo cliente.
No material divulgado, o criminalista ainda desafia que se prove a culpabilidade de Michel Temer.
Em entrevista coletiva Antônio Cláudio Mariz de Oliveira relativizou o encontro com Joesley Batista não ter sido incluído na agenda de Michel Temer.
O advogado ainda levantou dúvidas sobre a licitude da gravação da conversa e pediu um debate com Rodrigo Janot.
Outra meta do Palácio do Planalto, a de concluir a análise da denúncia contra Michel Temer na Câmara o mais depressa possível, pode ser frustrada.
Principalmente depois do presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Rodrigo Pacheco, detalhar o rito do processo:
Rodrigo Pacheco também descarta sessões estendidas até a madrugada e não garante concluir todo o processo em até cinco encontros.
Os deputados da oposição sugerem que a CCJ interrogue Rodrigo Janot, Joesley Batista e Rodrigo Rocha Loures.
Confira a reportagem completa:
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