Janot: volume de investigações já permite vislumbrar um final para a Lava Jato

  • Por Jovem Pan
  • 29/08/2017 06h41 - Atualizado em 29/08/2017 12h04
Marcelo Camargo/Agência Brasil Janot se despede do cargo no dia 17 de setembro e, segundo ele, o País não pode ficar refém eternamente da Lava Jato

Após mais de três anos de Operação Lava Jato, o procurador-geral ad República, Rodrigo Janot, afirmou nesta segunda-feira (28), no Rio de Janeiro, que já é possível se vislumbrar o fim da operação, em função do farto e profundo material encontrado pelos investigadores até agora.

Janot se despede do cargo no dia 17 de setembro e, segundo ele, o País não pode ficar refém eternamente da Lava Jato.

O PGR chegou a fazer comparações da Lava Jato com a Operação Mãos Limpas, na Itália, que levou muita gente à cadeia, mas o Legislativo italiano, depois, aprovou uma série de leis que anistiou muita gente e não deu prosseguimento aquilo que poderia ser um choque de gestão e boas práticas no país, que ainda é considerado um país extremamente corrupto.

Na última sexta-feira (25), o ministro do STF Luis Roberto Barroso chamou de “operação Abafa” contra a Lava Jato, Janot disse que não acredita que a operação será enfraquecida ou abortada. Para ele, a investigação noa é do MPF ou da PF, mas da sociedade brasileira. Janot acrescentou que a Lava Jato foi muito além do que se imaginava e que, diante do material colhido e de sua relevância, já é possível se enxergar o fim da operação, mas ele não deu perspectiva de data.

Sobre a possibilidade de ele apresentar uma segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, Janot disse: “vou continuar fazendo o que sempre fiz. As investigações que estiverem maduras irão para a frente”.

Janot afirmou ainda que quando deixar a PGR cumprirá um período sabático, mas atuará como professor, escrever livros sobre a Lava Jato e tornar-se consultor na área de governança e compliance.

*Informações do repórter Rodrigo Viga

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