Johnson dá ultimato sobre Brexit e já fala em novas eleições
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, garantiu que o Brexit vai se concretizar no dia 31 de outubro deste ano. O governo enfrenta dificuldades para chegar a um acordo com a União Europeia (UE) sobre a relação entre o país e o bloco depois da separação.
A intenção do premiê é sair mesmo se não houver entendimento entre as partes, uma posição criticada pelo Parlamento, que prefere adiar a saída. Por isso, os parlamentares devem votar, nesta terça-feira (3), uma proposta – chamada “no deal” – que pode proibir o Brexit caso não haja acordo entre o governo e o bloco econômico.
A ideia é encabeçada pelo líder dos trabalhistas, Jeremy Corbyn, que defende adiar a retirada do Reino Unido para 31 de janeiro do ano que vem, e apoiada por parlamentares do partido do primeiro-ministro.
No entanto, Johnson disse, nesta segunda-feira (2), que em nenhuma circunstância pedirá extensão do prazo. O premiê completou que o Brexit vai ocorrer no dia 31 de outubro, sem “mas”.
Se o parlamento aprovar o “no deal“, o premiê deve entrar com uma moção para antecipar o pleito, originalmente marcado para 2022. No entanto, há pouco tempo para definir os próximos passos.
Os parlamentares voltam nesta quarta-feira (3) do recesso de verão, mas as atividades serão suspensas novamente na próxima segunda-feira (9) após uma determinação do premiê com ajuda da rainha Elizabeth II, fazendo com que os trabalhos voltem apenas daqui a cinco semanas, a poucos dias da data do Brexit. O objetivo da medida é, justamente, evitar que os parlamentares barrem a separação.
Se Boris Johnson conseguir antecipar o pleito, as eleições gerais devem ocorrer em 14 de outubro.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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