Johnson dá ultimato sobre Brexit e já fala em novas eleições

  • Por Jovem Pan
  • 03/09/2019 07h20 - Atualizado em 03/09/2019 10h41
EFE Após suspensão do parlamento, manifestantes compararam o premiê britânico a um ditador

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, garantiu que o Brexit vai se concretizar no dia 31 de outubro deste ano. O governo enfrenta dificuldades para chegar a um acordo com a União Europeia (UE) sobre a relação entre o país e o bloco depois da separação.

A intenção do premiê é sair mesmo se não houver entendimento entre as partes, uma posição criticada pelo Parlamento, que prefere adiar a saída. Por isso, os parlamentares devem votar, nesta terça-feira (3), uma proposta – chamada “no deal” – que pode proibir o Brexit caso não haja acordo entre o governo e o bloco econômico.

A ideia é encabeçada pelo líder dos trabalhistas, Jeremy Corbyn, que defende adiar a retirada do Reino Unido para 31 de janeiro do ano que vem, e apoiada por parlamentares do partido do primeiro-ministro.

No entanto, Johnson disse, nesta segunda-feira (2), que em nenhuma circunstância pedirá extensão do prazo.  O premiê completou que o Brexit vai ocorrer no dia 31 de outubro, sem “mas”.

Se o parlamento aprovar o “no deal“, o premiê deve entrar com uma moção para antecipar o pleito, originalmente marcado para 2022. No entanto, há pouco tempo para definir os próximos passos.

Os parlamentares voltam nesta quarta-feira (3) do recesso de verão, mas as atividades serão suspensas novamente na próxima segunda-feira (9) após uma determinação do premiê com ajuda da rainha Elizabeth II, fazendo com que os trabalhos voltem apenas daqui a cinco semanas, a poucos dias da data do Brexit. O objetivo da medida é, justamente, evitar que os parlamentares barrem a separação.

Se Boris Johnson conseguir antecipar o pleito, as eleições gerais devem ocorrer em 14 de outubro.

*Com informações da repórter Nanny Cox 

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.