Joint venture entre Embraer e Boeing é relação que os dois lados ganham, diz especialista
A Embraer divulgou na manhã desta quinta-feira (05) o memorando de entendimentos firmado com Boeing no qual estabelecem as premissas para a combinação de negócios no segmento de aviação comercial.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ex-presidente do BNDES e ex-ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, afirmou que a criação da joint venture é uma boa notícia.
“Este é o final feliz de uma das experiências mais marcantes que tivemos no Brasil sobre parceria do setor privado com o Governo”, disse.
Segundo Barros, o produto da Embraer é de ponta e surge com competitividade alta no mercado aéreo. “O produto da Embraer é de ponta. Ela já inovou nova geração de aviões. A Boeing é a parte comercial, porque ela vai colocar na sua força de vendas os aviões da Embraer. As companhias aéreas gostam de ter full line. A grande motivação deste acordo, é que a força comercial da Boeing estará a serviço destes aviões. É um ‘ganha-ganha’. Ganha a Embraer por ter musculatura comercial mais forte e ganha a Boeing que não precisa desenvolver os aviões”, explicou.
Joint venture
O memorando, de caráter preliminar e não vinculante, conta com aprovação do conselho de administração da companhia. O valor atribuído ao novo negócio de aviação comercial é de US$ 4,75 bilhões.
A empresa explica que a operação compreenderá a criação de uma joint venture na qual a Embraer terá 20% e a Boeing 80%, que passará a desenvolver os negócios de aviação comercial atualmente desenvolvidos pela fabricante de aviões brasileira. Pelo acordo, a Boeing irá pagar US$ 3,8 bilhões à Embraer.
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