Jornal britânico fala em queda de Theresa May já nesta sexta (24)
O futuro do governo de May já está sendo contado em horas
Apesar do clima de primavera no Reino Unido, o país vive mais um dia de caos político com toques de sadismo entre os conversadores. O futuro do governo de Theresa May já está sendo contado em horas. Todos os jornais nesta quinta-feira (23) estampam em suas capas o triste fim da primeira-ministra.
O gabinete dela se revoltou contra o plano de levar o acordo com a Europa para votação na Câmara dos Comuns pela quarta vez e agora não há mais jeito para que a segunda mulher a comandar o Reino Unido continue no poder.
O jornal The Times, por exemplo, escreve em sua capa que a queda de May será anunciada oficialmente por ela nesta sexta-feira (24).
Os outros jornais e tablóides destacam que a primeira-ministra se entrincheirou em seu gabinete – mas que está se recusando a receber integrantes do próprio governo para não ser ainda mais pressionada. E no meio disso tudo, os britânicos começaram a ir às urnas nesta quinta para votar na eleição para o Parlamento Europeu, em um processo que é apenas mais um dos constrangimentos trazidos pelo Brexit.
Três anos depois da decisão popular de sair da União Europeia, o país até hoje não sabe o que vai fazer e acabou obrigado a participar desse pleito que tradicionalmente já tem um comparecimento bastante baixo.
Diante de todo o caos político então, não dá pra dizer que há filas nos pontos de votação, não.
O Reino Unido tem direito a 73 cadeiras no parlamento de Estrasburgo – oito delas são definidas em Londres. Um dos favoritos nessa eleição é o Partido Verde, pra vocês terem uma ideia de como a votação de hoje está sendo encarada com revolta pelos britânicos.
Mesmo com a queda abrupta e totalmente desmoralizada de Theresa May, os trabalhistas também não conseguem capitalizar muito em cima da situação.
Porque o partido de esquerda também é parte crucial do problema. E para resumir a situação, hoje, entre as principais economias do mundo, o Reino Unido é o país mais incerto e caótico de todos. Claro, deixando de lado o Brasil, porque infelizmente nesse quesito a gente costuma ser hors concurs.
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